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PARASITIC HUMANOID

 

Título: Parasitic Humanoid

Autor: Luís Ribeiro

Curadoria: Amélia Gomes Alves

Ano: Setembro de 2006

Local: Galeria Gomes Alves, Guimarães

Receptores à distância - Audição, visão e olfato (Partindo do discurso de Edward T. Hall),
Acrilico sobre tela, 150x150, 150x120 e 150x150cm

Behaviour I e II
Impressão lambda s/ alucobond 3mm, 120x90cm

As distâncias do Ser Humano
Tinta plástica sobre parede, dimensões variadas

Privacy

Impressão lamda s/ alucobond de 3mm, 36x26,5cm

Parasitic Humanoid

Colagens em vinil autocolante sobre placas de k-line 5mm

Sobre a exposição

‘Parasitic Humanoid’ (PH) é um robô usável como uma interface comportamental sem assistência energética, ou seja, um mecanismo aplicado ao corpo humano que prevê e altera os movimentos humanos de forma a evitar obstáculos. Este robô inventado por cientistas japoneses cria uma interacção entre o homem e o computador portátil ligado às articulações por diversos sensores de movimento. PH é uma excelente forma de evitar invasões de espaço, se é isso que procura, encomende já ou informe-se melhor em http://www.brl.ntt.co.jp/people/parasite/.

 

‘PRIVACY’ explora os conceitos básicos de individualidade, o espaço privado que tanto nos esforçamos em preservar. No entanto, e apesar de tantos esforços destes cientistas japoneses, parece que esta civilização oriental não entende o significado de privacidade, amontoando-se nas ruas e transportes públicos das grandes metrópoles. Portanto não é de surpreender que a palavra “intimidade” (privacy) não exista em japonês, como nota Donald Keene, no seu livro Living Japan. Contudo, “seria um erro pensar que a noção de intimidade ou de isolamento não existe para os japoneses: só que é muito diferente da concepção ocidental.”

 

Para compreendermos o homem, precisamos de ter uma noção acerca dos seus sistemas de recepção e do modo como a cultura transforma a informação que estes últimos fornecem. O aparelho sensorial do homem comporta duas categorias de receptores: Os ‘Receptores à Distância’, que se refere aos objectos afastados (olhos, ouvidos e nariz), e os Receptores Imediatos, que exploram o mundo próximo (tacto [pele, mucosas e músculos]). Assim, os Receptores à Distância previnem-no de invasões indesejadas, caso não os controle, previna-se com ‘PH’.

 

Para que melhor controle o seu espaço informe-se em ‘As dimensões no Ser Humano’, um gráfico criado especialmente para si com base nos dados antropológicos, onde as diferentes dimensões estão padronizadas: íntima, pessoal, social e pública – cada uma delas comportando dois modos (modo próximo e longínquo). Adquira aquelas a que melhor se adequam ao seu comportamento.

 

Agora imagine-se a viver numa sociedade de comportamentos controlados. É isso que ‘Behavior’ transmite, a ideia de espaço organizado, onde o comportamento é gerido por uma máquina externa ao Ser Humano, de forma a garantir a sua segurança…

 

 

Luís Ribeiro, 2006

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